Monday, March 12, 2007

julião, casqueiro, cabrita


Antes de entrarmos dentro da algo clandestina sindrome homeostética, não posso deixar de registar os protagonistas mais significativos, ao qual estiveram associados grupos, com ou sem estratégias de «visibilidade», como gostava de escrever e dizer o Alexandre Melo. O Julião Sarmento, o mais consciente e informado de todos os artistas desses anos , que conspirava com o Leonel Moura e o Cerveira Pinto a partir de um plataforma institucional (a Secretaria de Estado da Cultura, com a simpática e activaq cumplicidade do Fernando Calhau). Eram jovens artistas dos anos 70, mas que estavam relativamente ao mercado de arte numa posição de outsiders - eram radicalmente internacionalistas e possuiam alguns links internacionais que levaram o Julião a participar logo no ínicio da década na Documenta. O Pedro Casqueiro é a figura mais evidente de uma new generation (Ana Vidigal, Madalena Coelho, Jaime Lebre, Alda Nobre, etc.) - super discreto mas exercendo uma tremenda influência num grande número de artistas que nunca procuraram chegar a onde quer que seja através de estratégias politicas ou promicionais de iniciativa própria. Praticavam uma arte «neo-popista», criando através de uma prática «formal» espaços «abstractos» extravagantes onde a sexualidade, sobretudo homossexual, tem um papel predominante. São os mais «modernos» nos hábitos e actividade social. Finalmente o Pedro Cabrita Reis e alguns dos seus amigos procuram preencher o vazio geracional (Pedro Calapez, Rui Sanches, Zé Pedro Croft, Ana Léon, Rosa Carvalho) . Ao contrário do «grupo» do Casqueiro que é «lírico» formalmente, ou do Julião que é mais «conceptual», este é um grupo em que há um lirismo de fundo (poético?) com uma propensão algo paisagistica (excepto em Rui Sanches) ou objectual.

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